The sadness of Joy

 Sinto que o meu próprio mundo se abateu sobre mim... É como se eu fosse o pilar principal que sustenta a minha vida e assim que mostro uma fragilidade, ela abate-se sobre mim e lá tenho eu que construir tudo há minha volta, pedra sobre pedra, outra vez!

 Apesar de ser o pilar principal, sou só um pilar, se o mundo cai sobre mim, mesmo que o pilar fique de pé, não passará disso, apenas um pilar, uma coisa vazia, sem o seu tecto para o proteger e a ser desgastado pelo tempo. Não tenho outro remédio portanto, lá vou eu ter que construir tudo de novo, ou construo e vivo, ou deixo o tempo tirar o pouco que resta de mim e morro por dentro. Talvez comece pelo mais difícil: os pilares secundários responsáveis por me ajudar a suster certos lugares do meu mundo; Talvez até seja obrigada (para minha grande tristeza) a ver-me livre de alguns pilares secundários por não estarem a cumprir a sua função, é tudo muito complicado e estou farta de ter de o fazer sozinha, voltar sempre a fazer tudo sozinha, só porque não posso mostrar uma fragilidade. Mas não mostrar as minhas fragilidades, é usar uma máscara e ninguém consegue usar uma máscara durante muito tempo, todas as máscaras caem e eu não entendo porque é que o meu mundo, aquele que eu construo para me proteger e fazer feliz, acaba sempre por se voltar contra mim, cada vez que eu deixo cair a minha máscara e mostro a minha fragilidade.