Orgulho é uma das minhas palavras preferidas. Gosto da "forma de beijinho" que os meus lábios assumem quando a digo, gosto da maneira como a palavra flui quando a digo, gosto do seu aspecto escrito e gosto da maneira como soa. Mas não gosto do que significa, pois se há coisa que aprendi, é que o orgulho não é compatível com nenhum tipo de amor e o amor para mim vale muito, muito mais que qualquer orgulho que eu possa sentir.
Claro que também sou orgulhosa! Não conheço ninguém que não tenha, nem que seja só, uma pitada de orgulho dentro de si, mas aprendi a pô-lo de lado quanto ao amor. O orgulho estraga tudo quando se põe entre nós e os que amamos.
Eu consegui aprender isso, consegui aprender que se o amor é uma prioridade para mim, o orgulho não poderá ser igualmente prioridade (a não ser quando alguém nos tenta rebaixar), mas existe muita gente na minha vida (pensando bem, todos!) que parecem não entender (talvez entendam mas este sentimento seja mais forte que eles) que no amor não existe lugar para o orgulho.
O problema de eu ter posto o meu orgulho de lado pelo amor, é que baixei as minhas defesas, o orgulho dos que amo magoa-me, tortura-me e eles não entendem (ou não querem) que têm de escolher, ou o orgulho, ou o amor. Se eu aprendi a pôr uma emoção tão desnecessária de lado, eles também podem (pelo menos penso que são tão capazes como eu).
Enfim, talvez até seja eu que estou errada com esta minha visão das coisas, talvez o amor seja feito de orgulhos, mas se estou errada recuso-me a aceitar o que está certo, pois desde que descobri o que é amar sem orgulho, decidi que é assim que quero e vou amar os outros.
Keira Knightley - Filme Orgulho e Preconceito
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